Heleno de Freitas é considerado o primeiro “craque problema” da história do futebol brasileiro. Era um dos nomes mais geniais do país na década de 40, mas vivia dando problemas e causando confusões nos clubes onde passava. Se tornando ídolo pelo Botafogo e acumulando diversas convocações para a Seleção Brasileira, Heleno teve uma passagem relâmpago pelo Santos Futebol Clube, em 1951.
O centroavante chegou no clube poucos meses depois da Copa do Mundo. Ele tinha tido uma temporada ruim atuando no futebol colombiano, atuando pelo Junior Barranquilla. Heleno de Freitas chegou na cidade litorânea como craque, mas em pouco tempo no alvinegro praiano, as confusões começaram a aparecer e se tornaram corriqueiras.
“Certa vez, combinamos de ir até uma casa de câmbio para ele trocar o dinheiro que havia recebido na Colômbia. Perguntei se sabia ir de bonde e ele me respondeu ‘Heleno de Freitas não anda de bonde, vamos de táxi’ e eu não tive reação. Chegando lá, não quiseram trocar o dinheiro, pois aquela moeda quase não circulava na cidade: foi o estopim para mais uma briga”, lembrou o zagueiro Chico Formiga, um dos poucos amigos de Heleno naquele elenco santista.
Heleno conseguiu causar um atrito até mesmo com a comissão técnica do Peixe, durante um treino. Ele realizou 20 jogos e 18 gols pelo clube, mas nenhum em partidas oficiais. Aliás, Heleno de Freitas fez apenas uma partida oficial pelo alvinegro praiano. Por conta das inúmeras confusões, ele deixou o Santos em 1952 para assinar com o América-RJ.
